PLEONASMO - O REPETECO DAS PALAVRAS

 

 
 

Subir pra cima, descer pra baixo,
É redundância no mesmo encaixo.
Entra pra dentro, sai pra fora,
O pleonasmo vem e não vai embora.

"Vi com meus olhos" — jura que sim?
Quem mais veria, se não fosse assim?
"Ganhei de presente", "hemorragia de sangue",
A língua escorrega, e a lógica deslanche.

É reforço, às vezes, pra dar emoção,
Mas vira vício, sem precisão.
"Conviver junto", "surpresa inesperada",
Tudo soando como fala dobrada.

Mas calma aí, não é sempre errado,
O pleonasmo pode até ser usado.
"Chorar de tanto rir" ou "subir pra subir",
Na arte da fala, tudo pode existir.

Então se repetir, que seja com estilo,
Com rima, intenção e algum brilho.
Mas se for só por costume ou engano,
Revisa o texto, volta pro plano.

 

Poeta Jovem Barueri 

Vinicius Silvério Muniz da Silva 

28/05/2025 - Quarta-feira 


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