Tornando-me inteiro: A luta contra mim mesmo
Fiz todos felizes e não cuidei de mim,
Sorri para o mundo, mas havia algo em mim
Que se perdeu, que se escondeu,
Um vazio profundo que cresceu.
Coloquei os outros em primeiro lugar,
Sem perceber que estava a me abandonar.
Doei meu tempo, meu amor, minha energia,
Mas a mim mesmo, não dei atenção com sabedoria.
Fui o ombro amigo de tantas dores,
Fui a voz de consolo em tantos temores.
Ajudava a todos com dedicação,
Mas ignorava a mim mesmo, sem hesitação.
Deixei de lado meus próprios sonhos,
Priorizei os desejos de outros, outros e mais outros.
E com o tempo, fui me perdendo,
Lutando contra mim mesmo, me contorcendo.
Achava que ser altruísta era o caminho certo,
Que a felicidade estava em fazer o bem de perto.
Mas não percebi que estava me anulando,
E que a batalha maior estava dentro, me sufocando.
A mente se tornou uma arena de lutas,
Entre o que eu era e o que o mundo me construiu, em surtos mútuos
As cobranças internas, a culpa, a solidão,
Eram feridas profundas, uma dolorosa aflição.
A máscara de alegria que usava em público,
Era apenas um disfarce para o meu caos interno, um truque.
Sorria por fora, mas gritava por dentro,
Uma guerra silenciosa, um confronto.
Lutava contra a pressão de agradar a todos,
Mas no fundo, estava sufocando a minha essência em seus apolos.
Percebi que não posso dar aos outros o que não tenho,
E que a verdadeira felicidade começa em mim mesmo, no meu cenho.
Aprendi que é preciso se amar em primeiro lugar,
Cuidar de si, se valorizar, se respeitar, se amparar.
Não dá para ser verdadeiramente feliz,
Se não cuidar de mim mesmo, com amor, com zelo, com raiz.
Hoje, luto para encontrar o meu equilíbrio,
Para aceitar a mim mesmo, sem nenhum artifício.
Aceitar minhas fraquezas, minhas falhas,
E valorizar minhas qualidades, minhas batalhas.
Ainda é uma jornada de altos e baixos,
De desafios e aprendizados, de avanços e recuos.
Mas estou determinado a me amar de verdade,
A ser meu próprio porto seguro, minha própria cidade.
Aprendi que a felicidade não depende dos outros,
Que é preciso se cuidar, ser gentil consigo mesmo, sem jogos.
Pois só assim, posso ser verdadeiramente pleno,
E enfrentar a vida com coragem, com brilho no olhar, com veneno.
Então, hoje eu luto contra mim mesmo,
Mas de uma forma diferente, com um novo lema.
Luto para ser o protagonista da minha vida,
Para me amar, me respeitar, me permitir a alegria, a partida.
E assim sigo, em busca do meu equilíbrio,
Em harmonia comigo mesmo, sem sacrifício.
Aprendendo a ser feliz, de dentro para fora
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